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Como reduzimos o custo assistencial e aumentamos a detecção precoce dos cânceres de mama de uma população

Publicado em:
Categoria: Gestão do beneficiário; Gestão em Saúde; Qualirede

Como a Qualirede realizou um estudo sobre ações relacionadas à saúde da mulher oportunizando menor custo assistencial e a detecção precoce dos cânceres de mama e colo de útero. Esse é o tema do artigo escrito por nossos colaboradores Iza Daiana Wiggers, Luciana Coelho e Priscila Tavares Medeiros. O artigo foi um dos apresentados pela Qualirede no Prêmio Unidas de 2022.

Rastreio e acompanhamento na prevenção da saúde da mulher: um olhar para a prevenção e custo evitável

OBJETIVOS: Os cânceres de mama e colo de útero são os mais incidentes entre as mulheres, com 24,5% e 15,4%, respectivamente, neste sentido criar estratégias para detecção precoce e acompanhamento das beneficiárias é essencial para a sustentabilidade dos planos de saúde. O objetivo desse estudo foi verificar a influência do acompanhamento via teleorientação nos resultados de cobertura da realização de exames de rastreio dos cânceres de mama e colo de útero da população elegível, oportunizando a detecção precoce e um menor custo nos possíveis tratamentos.

MÉTODOS: Estudo quantitativo descritivo longitudinal. Perspectiva: plano de saúde na modalidade autogestão. Participantes: 7.551 participantes, sendo: mulheres de idade entre 30 a 49 anos e 50 a 69 anos que não realizaram ultrassonografia (USG) e mamografia, respectivamente, nos últimos 2 anos e mulheres de idade entre 16 a 64 anos que não realizaram preventivo nos últimos 3 anos. Foram utilizados protocolos de cobertura de exames de rastreamento adotados pela autogestão estudada. As participantes foram contactadas entre março/2021 e dezembro/2021 e acompanhadas até janeiro/2022, com o objetivo de aumentar a cobertura dos exames de rastreamento dessa população. Desfecho principal: associação entre a teleorientação e a realização dos exames de rastreio dos cânceres de mama e colo de útero. Variável Dependente: elegibilidade para os exames previstos no protocolo aplicado conforme faixa etária da beneficiária. Variáveis Independentes: faixa etária e sexo. Análise Estatística: Frequências relativas e absoluta das beneficiárias que buscaram atendimento e/ou realizaram exames preventivos após abordagem. 

RESULTADOS: Estratificando a necessidade de cada uma das mulheres a partir da sua faixa etária conforme a linha de cuidados, temos: em relação à mamografia, do total de 410 mulheres elegíveis, 123 (30%) não haviam realizado o exame, e destas, após a abordagem e orientações, 36 (29%) realizaram o exame. Para aquelas que necessitavam realizar USG de mamas, do total de 239, 51 (21%) não haviam realizado, e após abordagem, 10 (20%)  realizaram. Já para o papanicolau, das 835 elegíveis, 305 (36%) não haviam realizado, e destas, após abordagem, 87 (28%) realizaram. No que tange ao custo per capita dos serviços utilizados antes e após o acompanhamento, houve aumento esperado de 1,5% nos custos de internação e 3% de exames, uma vez que o foco está pautado no diagnóstico precoce. Ademais, houve redução de 20% nos custos de emergência para essa base de mulheres acompanhadas. 
CONCLUSÕES: A partir dos resultados apresentados, conclui-se que o acompanhamento e teleorientação para mulheres que não realizam os exames de rastreio conforme preconizado, aumenta a cobertura dos exames de prevenção, evita custo e, a longo prazo, contribui com a qualidade de vida das beneficiárias impactadas por essa ação. A teleorientação para a população específica se mostrou uma ação que contribui para o equilíbrio entre prevenção e custo assistencial.

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