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Medicina preventiva pode evitar 60% dos casos de cegueira

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Categoria: Notícias

Até 2016, o Brasil registra 1,2 milhão de pessoas cegas. Em estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde), a expectativa é de que, até 2020, este número seja de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Os dados chocam, mas o que mais chama atenção é que, segundo a mesma pesquisa, pelo menos 60% dos casos de cegueira poderiam ser evitados com a ajuda da medicina preventiva. No caso, o preventivo oftalmológico: uma bateria de exames de rotina, que vão além da medição de grau para atestar a saúde ocular. Isso significa que, das 1,2 milhão de pessoas cegas, 700 mil poderiam ter evitado a condição.

Um dos casos mais comuns da causa da cegueira precoce entre adultos e crianças é o glaucoma. Existem, hoje, no Brasil, mais de 900 mil glaucomatosos sob risco de cegueira não reversível. Porém, o que muita gente não sabe é que a doença pode ser evitada. O índice, certamente, seria menor caso ela fosse identificada antecipadamente. O que dificulta este processo é o seu caráter assintomático, que atrasa o diagnóstico, levando a consequências severas, como a perda da visão parcial ou total.

Doenças assintomáticas

O olho humano pode apresentar até três mil tipos de doenças, a maioria assintomática e de evolução insidiosa, isto é, que só apresentam sintomas em estágios avançados. O glaucoma, a catarata, a pressão ocular e diversas outras complicações são alguns exemplos.

Não é preciso ir muito longe para entendermos a necessidade da medicina preventiva no que diz respeito à saúde ocular: segundo a OMS, a “vista cansada” já é considerada uma patologia e atinge cerca de 60% das pessoas. O mesmo levantamento aponta que mais de 70% da população mundial apresenta cansaço na vista após a exposição prolongada a telas. Ainda assim, segundo o IBOPE (2019), um a cada três brasileiros adultos nunca realizou o preventivo oftalmológico, justamente por não identificar sintomas.

Qual a periodicidade do preventivo oftalmológico?

Normalmente, a consulta com o oftalmologista para medir o grau das lentes dos óculos não é o suficiente para identificar outras complicações. Sendo assim, recomenda-se que, uma vez ao ano, sejam realizados exames mais complexos para a prevenção do avanço de doenças mais delicadas, como catarata ou glaucoma, por exemplo. Vale lembrar que é importante encontrar um médico especialista na área: só ele está apto a identificar e cuidar de possíveis doenças. Com esses cuidados, as chances de tratamento precoce com sucesso são altas, evitando diversos transtornos futuros. 

Ainda assim, quando falamos em preventivo oftalmológico, precisamos nos atentar para não acabarmos fazendo o uso indiscriminado e sem responsabilidade dos exames. Como qualquer outro tipo de prevenção, os exames oftalmológicos de rotina exigem apenas uma única consulta por ano (ou a cada dois anos, de acordo com as instruções do oftalmologista) para assegurar a saúde ocular. Mais do que isso torna-se exagero – tanto para o paciente que irá destinar tempo de sua rotina para repetir exames sem necessidade quanto para a área da saúde, que gastará dinheiro sem necessidade. 

Medicina preventiva: mais do que o corpo pode sentir

Existe, entretanto, certo estigma do que pode ser diagnosticado ou não com a ajuda da medicina preventiva. Quando pensamos na prática, normalmente a associamos à identificação precoce de doenças de grande impacto na saúde do paciente, como alguns tipos de diabetes, colesterol alto, e, até mesmo, casos mais severos, como o câncer. O que esses exemplos têm em comum são os sintomas físicos refletidos no organismo. Mas é preciso recordar que a medicina preventiva existe não apenas para doenças que se manifestam por meio de sintomas bem definidos.

Quando fazemos nossos exames de rotina, já adotamos a prática da medicina preventiva, evitando complicações futuras causadas por quaisquer Doenças Crônicas Não Transmissíveis, as chamadas DCNTs. Segundo dados apresentados pelo British Medical Journal, até 2025, 37 milhões de mortes no mundo todo provenientes de DCNTs podem ser evitadas, se a medicina preventiva for incentivada.

Os dados em relação ao Brasil também são significativos. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 40% dos brasileiros adultos apresentam algum tipo de DCNT, sendo essa a causa de 72% das mortes no país. O investimento na área torna-se necessário: é bom para o paciente, que obtém o diagnóstico com antecedência, e para o dinheiro investido em saúde.  Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dólar gasto em medicina preventiva, economizam-se quatro dólares em tratamento de doenças.

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