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Cirurgia robótica está entre as melhores apostas para o futuro da medicina

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Categoria: Notícias

A era digital faz  com que a medicina passe por diversas revoluções. Talvez um dos melhores exemplos do alto refinamento tecnológico seja justamente a possibilidade da realização de cirurgias robóticas. A evidência de que a tecnologia aplicada à medicina está cada vez mais presente, é que essa modalidade de cirurgia já acontece com frequência e traz níveis de precisão que o homem não é capaz de alcançar,  por meio de procedimentos minimamente invasivos.

O robô Da Vinci é o precursor das cirurgias robóticas. Criado em 1999 nos Estados Unidos, o equipamento possibilita a visão em três dimensões do que se passa na mesa de cirurgia, trazendo mais segurança para o paciente e médico, que tem maior precisão de movimentos do que na técnica de laparoscopia. Esta última possibilita a visão apenas em 2D. Hoje, o Da Vinci evoluiu e tornou-se mais eficiente. Com quatro braços robóticos, possibilita  a realização de cirurgias complexas minimamente invasivas, oferecendo uma recuperação mais rápida.

Quais os benefícios da cirurgia robótica?

Apesar do alto custo do Da Vinci, a economia com a realização de cirurgias robóticas é significativa para o hospital. Simulando os movimentos da mão do médico, o robô evita tremores e realiza os procedimentos de modo pouco invasivo com o menor contato humano possível. Isso reduz sangramentos, fazendo o paciente ter alta mais rapidamente. As chances de infecção e complicações no pós cirúrgico também são consideravelmente  reduzidas, otimizando a recuperação e empregando maior qualidade de vida para o operado.

Em relação às cirurgias laparoscópicas, a precisão é altamente melhorada, cuja visão em 2D e sem a possibilidade de zoom tornam o procedimento mais delicado. Já nas operações robóticas, com o uso do 3D e a noção de profundidade, o cirurgião passa a ter a mesma autonomia da cirurgia convencional, diminuindo até mesmo o tempo de cirurgia.

Processos minimamente invasivos:

Como funciona?

O robô não faz nada sozinho, e o Da Vinci jamais substituirá o médico responsável pela operação. O equipamento possui, de fato, três áreas: o console, comandado pelo médico, o rack de imagem e a máquina propriamente dita, que terá o contato com o paciente. Assim, todo movimento feito pelo robô  é comandado pelo cirurgião. Além da visão em 3D, que dá noção de profundidade ao médico, é possível aproximar de 10 a 12 vezes a imagem, além da rotação em 360º dos braços robóticos, auferindo precisão às cirurgias. 

Segurança do paciente

Existem diversos protocolos que garantem a segurança do procedimento. A interrupção da cirurgia em situações imprevistas, por exemplo, é um deles. Se o médico porventura deixar de olhar para o rack de imagem, os braços pausam provisoriamente os movimentos. Além disso, o equipamento deve ser vistoriado a cada hora de cirurgia realizada, para assegurar o bom funcionamento do robô.

STAR

Os avanços que a robótica e o Da Vinci trouxeram para a medicina são notáveis, mas um fator passou a ser considerado: a máquina, com seus quatro braços, é grande. Foi pensando em reduzir o tamanho do principal modelo atual que uma instituição americana desenvolveu o STAR (Smart Tissue Autonomous Robot). Além de ser menor que seu antecessor, possui uma característica revolucionária: é quase autônomo.

Equipado com câmeras 3D com visão noturna, o enorme banco de dados do robô é capaz de analisar a situação do paciente e selecionar a melhor técnica cirúrgica para o caso, tudo isso sem que o médico necessariamente controle os movimentos do equipamento. Para assegurar a eficácia e segurança do STAR, dois porcos com o mesmo problema intestinal foram operados – um com a máquina e outro por médicos veterinários. O resultado foi incontestável: a cirurgia robótica foi finalizada com maior precisão.

O cenário no Brasil

Apesar do alto custo da cirurgia robótica, ela não faz parte de um futuro distante no Brasil, estando presente na medicina do país há 11 anos. Os três primeiros robôs Da Vinci foram comprados em 2008, e desde então já se realizaram mais de 17 mil cirurgias robóticas em todo o território nacional. Hoje, já somos o país que mais realiza esse tipo de procedimento na América Latina, com 25 robôs-cirurgiões em hospitais particulares e 5 no SUS. 

Grande parte desses procedimentos, cerca de 60% do total, são cirurgias decorrentes de câncer de próstata ou outras operações relacionadas à área da urologia. Nesses casos, a cirurgia robótica consegue reduzir para apenas 10% as chances de sequelas – quadro que girava em torno de 90% de chance antes desse tipo de cirurgia. Outros tipos de câncer também são tratados por meio da cirurgia por robôs, como a retirada total ou parcial dos rins, da bexiga ou das glândulas suprarrenais. 

O investimento em robótica  saúde é, então, de extrema importância para o cenário da saúde nacional, conferindo tanto ao Brasil uma posição de maior destaque em cirurgias robóticas como para o paciente, que tem nessa categoria de procedimento maiores chances de cura em complicações.

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