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Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial: Uma reflexão necessária 

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Categoria: Blog Post

Hoje, dia 21 de março, celebramos o Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial, uma data de extrema importância que nos lembra da urgência em enfrentar a questão da equidade racial em nossa sociedade.  

Contexto

No Brasil, segundo dados do IBGE, aproximadamente 56% da população se autodeclara como negra, compreendendo tanto pretos quanto pardos.  

Na Qualirede, esse percentual se reflete em nossos colaboradores, onde aproximadamente 57% de nós são pretos ou pardos. Valorizamos a inclusão em todos os aspectos e acreditamos firmemente que a diversidade é um dos pilares do nosso sucesso. 

A luta contra a discriminação racial é um compromisso diário, mas é especialmente relevante nos dias de hoje. Na Qualirede, apoiamos e incentivamos discussões sobre o tema, além de implementar políticas internas e ações concretas no combate ao racismo.  

Selo étnico-racial

Receber o selo da Diversidade Étnico Racial da Secretaria de Reparação da Prefeitura Municipal de Salvador é uma honra e um reconhecimento do nosso compromisso com a construção de um ambiente mais justo e inclusivo. 

Dados

Os dados do IBGE destacam a disparidade presente em diversos aspectos da vida dos brasileiros. No mercado de trabalho, por exemplo, os negros ocupam apenas 29,5% dos cargos gerenciais. Além disso, a situação de empobrecimento também revela desigualdades, com uma maior proporção de pessoas pretas e pardas vivendo abaixo da linha de pobreza. 

No âmbito da saúde, os estudos das Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil (IBGE, 2019), divulgados em uma matéria na FioCruz revelam a seguinte realidade: 

  • A população preta ou parda enfrenta condições precárias de saneamento básico, o que as expõe a maiores riscos de doenças. 
  • Indicadores relacionados à cobertura de serviços de saneamento básico também apontam uma significativa desigualdade, segundo a cor ou raça. 
  • Em 2018, verificou-se maior proporção da população preta ou parda residindo em domicílios sem coleta de lixo (12,5%,), sem abastecimento de água por rede geral (17,9%), e sem esgotamento sanitário por rede coletora ou pluvial (42,8%), implicando condição de vulnerabilidade e maior exposição a vetores de doenças. 
  • Sobre o acesso à saúde, a Atenção Primária sempre foi um ponto de melhoria no que diz respeito a presença de médicos nas comunidades, onde há muitas pessoas com doenças crônicas como hipertensão, diabetes e doença falciforme, que precisam de acompanhamento regular.  
  • As mulheres negras são particularmente afetadas por essas desigualdades. A mortalidade materna e o número de internações por abortamento são os índices mais expressivos: 65,9% das mortes maternas ocorrem entre mulheres negras.  
  • Na pandemia, o Brasil chegou a liderar mortes maternas por Covid-19 no mundo e as mulheres negras apresentam um risco de morte duas vezes maior. 

Esses dados alarmantes, principalmente no setor da saúde não apenas revelam a gravidade das desigualdades raciais, mas também nos convocam a agir. É fundamental que políticas públicas eficazes sejam implementadas para enfrentar o racismo estrutural e garantir a equidade racial em todas as esferas da sociedade. 

Na área da saúde, a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) deve ocupar um lugar central na agenda do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo o acesso igualitário aos serviços e promovendo a equidade racial. Além disso, é fundamental que as empresas implantem programas e incentivos de combate à discriminação racial para promover um ambiente de trabalho justo e diverso. 

A Qualirede apoia planos de saúde públicos e privados há mais de 14 anos, estando presente em todo o Brasil com soluções que podem promover mais saúde para mais pessoas, gerando mais assistência e gerenciamento dos beneficiários.  

Convidamos você a ler mais sobre esse importante tema no site da Fiocruz, onde encontrará informações detalhadas sobre as desigualdades raciais e a saúde no Brasil.  

Juntos, podemos trabalhar para construir uma sociedade mais justa e inclusiva para todos.  

Referências: 

  • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 
  • Atlas da Violência 2021 
  • Pesquisa sobre o impacto da pandemia da Covid-19 sobre a população negra (Oliveira et al., 2020) 
  • Dossiê Mulheres Negras e Justiça Reprodutiva (ONG Criola, 2021) 
  • Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil (IBGE, 2019) 
  • Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) 

Blogpost por Bruna Tizian Moreira
Analista de Marketing

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